Em encontro com o ministro da Defesa, Sergey Shoigú, e com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Valeri Gerasimov, o presidente ressaltou que a decisão responde ao discurso agressivo de altos funcionários de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Durante a reunião, Putin descreveu como ilegítimas as medidas punitivas implementadas pelo Ocidente – Estados Unidos e União Europeia – nos últimos dias contra a nação eurasiana, após o reconhecimento de Moscou da independência das auto proclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.
No dia anterior, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou que ordenou o envio de forças adicionais dos EUA na Europa para apoiar os aliados da Otan, de acordo com um comunicado do presidente publicado após uma cúpula de emergência do bloco militar.
Ao mesmo tempo, Biden disse em entrevista ao blogueiro Brian Cohen, no YouTube, que uma alternativa às duras sanções que Washington impôs a Moscou poderia ser a “terceira guerra mundial”.
“Olha, havia duas opções: começar a terceira guerra mundial, iniciar uma guerra física com a Rússia, ou a opção número dois: fazer o país que age tão contrário ao direito internacional pagar o preço por isso”, disse o chefe da Casa Branca.
Ele considerou que a política de restrições daria o resultado esperado por Washington, mas não imediatamente.
A União Europeia (UE) também proclamou que facilitará o fornecimento de ajuda militar à Ucrânia, postou o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, em sua conta no Twitter.
A lista de restrições contra a Rússia aumentou a partir de 24 de fevereiro, após a mensagem do chefe de Estado russo declarando o início da operação militar na Ucrânia em resposta ao pedido de ajuda dos líderes das repúblicas do Donbass.
Os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, o Japão e a UE direcionaram suas medidas contra representantes do governo russo, bem como os setores bancário, energético, aéreo e espacial.
Nesta sexta-feira, o Departamento do Tesouro anunciou sanções contra o presidente Putin, o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov, o ministro da Defesa Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Valeri Gerasimov.
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