O alto funcionário ucraniano destacou que seu governo insiste que as negociações ocorram em outro local neutro e rejeita qualquer condicionamento de Moscou para iniciar o processo de diálogo.
“Esse formato foi discutido, de fato. Mas, no último momento, os negociadores russos exigiram que o Exército ucraniano primeiro depusessem suas armas”, uma exigência que Kiev rejeitou, postou Nikiforov em sua conta no Facebook.
Ele enfatizou que “a Ucrânia está pronta para negociar, mas não está pronta para ouvir quaisquer pré-condições”, o que, disse ele, “também se aplica ao local”.
Indicou que seu país está disposto a participar de um encontro que poderá ocorrer em Baku, Istambul, Varsóvia ou Viena, posição anteriormente defendida pelo presidente Zelensky. Por seu lado, o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, esclareceu este domingo que foram as autoridades de Kiev que escolheram a cidade de Gomel para as conversações com a Rússia, numa tentativa de pôr fim aos confrontos na Ucrânia.
O alto funcionário russo sublinhou que a delegação de Moscou já está naquele local, “de acordo com o que foi acordado”, para realizar conversas com a representação de Kiev. Ele acrescentou que a delegação russa é chefiada pelo assessor do presidente da Rússia, Vladimir Medinski.
Peskov destacou que desta vez Moscou não suspenderá a operação militar na Ucrânia durante as consultas, ao contrário de como agiu na tentativa de diálogo anterior que falhou devido à recusa de Kiev.
A Rússia lançou uma operação militar na região autônoma ucraniana de Donbass em 24 de fevereiro, depois que as autoridades das auto proclamadas Repúblicas Populares de Donetsk (DPR) e Lugansk (LPR) solicitaram ajuda para repelir a agressão de Kiev.
O avanço das tropas russas foi suspenso em 25 de fevereiro, devido a possíveis negociações com Kiev, mas foi retomado no sábado após a recusa do lado ucraniano em participar delas.
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