A delegação de Moscou é chefiada por Vladimir Medinski, conselheiro do presidente russo, e também inclui os vice-ministros da Defesa e das Relações Exteriores Andrei Rudenko e Alexander Fomin, bem como o chefe do comitê de assuntos internacionais da Duma, Leonid Slutski.
Kiev é representada pelo Ministro da Defesa Alexei Reznikov, Conselheiro do Chefe do Gabinete Presidencial Mikhail Podoliak, e o chefe da facção parlamentar do partido no poder do Servidor do Povo, David Arajamia.
Também participam o primeiro chefe adjunto da delegação de Kiev ao Grupo de Contato para resolver a situação no Donbass, Andrei Kostin; o deputado Rustem Umerov; e o vice-ministro das Relações Exteriores Nikolai Tochitski.
Arajamia disse na segunda-feira que, nas conversações, a Ucrânia precisa ouvir e pesar calmamente as propostas de Moscou, levando em conta seu impacto sobre o país e seus cidadãos. A Rússia lançou uma operação militar em 24 de fevereiro na região autônoma do Donbass, na Ucrânia, após as autoridades das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk (DPR) e Lugansk (LPR) terem pedido ajuda para repelir a agressão de Kiev.
Anteriormente, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com esses líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e assistência militar.
O presidente russo Vladimir Putin, em discurso televisionado, disse que o objetivo da operação é proteger o povo do Donbass dos abusos e genocídios cometidos por Kiev nos últimos oito anos e “desmilitarizar” a Ucrânia.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques visam à infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos e aviação militar. Ele enfatizou que a população civil da Ucrânia não está ameaçada.
O governo ucraniano rompeu as relações diplomáticas com Moscou, decretou a lei marcial no país, pediu ajuda financeira e humanitária da comunidade internacional, e exigiu sanções e “o isolamento da Rússia por todos os meios e formatos”.
Putin disse que a Rússia não pretende ocupar o território ucraniano, mas defender o direito do povo ucraniano à autodeterminação.
Ele reiterou que Moscou não pode permitir que Kiev adquira armas nucleares e se militarize ainda mais, o que é um perigo para a segurança do país. Ele enfatizou que a expansão contínua da OTAN para o leste era inaceitável.
Os confrontos resultaram na destruição de mais de mil instalações militares ucranianas, bem como em mortes e feridos, embora a verdadeira extensão do número de vítimas de ambos os lados ainda não seja conhecida.
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