De acordo com o Jornal de Angola, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, visitou no sábado várias localidades afectadas na província do Cunene para avaliar a situação.
Na opinião do alto responsável, não é necessário declarar estado de emergência para a região sul, como aconselham alguns partidos políticos e organizações não governamentais nacionais e internacionais, noticiou o jornal na sua edição digital.
As principais preocupações são encontrar alívio e, com o regresso das chuvas em algumas zonas do Cunene, as famílias que regressaram da vizinha Namíbia já começaram a plantar diferentes culturas para autossuficiência, ponderou.
Segundo Furtado, o Executivo vai continuar a enviar alimentos, sementes agrícolas e outros bens essenciais à população afectada.
Além disso, o centro de acolhimento de Calueque, no município de Ombadja, dispõe de salas de aula, posto de saúde, campos agrícolas e sistema de abastecimento de água para atender as mais de 750 famílias que regressaram da Namíbia, onde se refugiaram devido à fome e seca, noticiou o Jornal de Angola.
À frente de uma delegação governamental, Furtado verificou pela quarta vez as condições dos retornados da Namíbia e o aumento de alojamento em instalações temporárias.
De janeiro para cá, há mudanças positivas, disse o ministro de Estado, considerando a situação atual do acampamento de Calueque, que começou a receber pessoas há cerca de 45 dias.
As autoridades garantiram ainda condições para que mais 28 mil 300 habitantes das imediações de Calueque fossem transferidos para os municípios de Cahama e Gambos para melhorar a sua situação, noticia o jornal.
Segundo a fonte, Furtado também verificou o andamento das obras de construção do Canal de Cafu, no âmbito do Programa Emergencial de Combate à Seca na província.
As execuções decorrem a bom ritmo e o canal será inaugurado no início de Abril pelo Presidente da República, João Lourenço, de forma a minimizar as dificuldades provocadas pelos processos cíclicos de seca, anunciou o gestor.
A par das execuções emergentes, o Governo aprovou um plano de investimento milionário com vista à concretização de soluções estruturais para os problemas de escassez hídrica no sul do território nacional.
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