“Isso não é um adiamento, a reunião será pela manhã, o motivo é a logística da delegação ucraniana”, disse uma fonte do lado russo à agência de notícias TASS na noite de domingo.
Mais cedo, o chefe da delegação do Kremlin para as negociações e conselheiro presidencial, Vladimir Medinski, declarou que no domingo as partes chegaram a um acordo para realizar negociações na cidade bielorrussa na fronteira com a Ucrânia.
No entanto, o local exato onde as delegações se reunirão não será revelado, disse a fonte.
A possibilidade do encontro ficou em suspenso até o último momento, chegou a ser anunciado como suspenso, por insistência do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, para que fosse realizado em um local supostamente neutro, e ele propôs as cidades de Baku, Istambul, Varsóvia ou Viena.
O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, informou ontem que a comitiva de seu país nas negociações também é composta por altos funcionários dos Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa e outros departamentos, incluindo a Administração Presidencial.
De acordo com a imprensa de Kiev, o assessor do presidente ucraniano, Mikhail Podoliak, disse que o país pode discutir um cessar-fogo e um status neutro com a Rússia, juntamente de um pacote de garantias de segurança.
“Será, antes de tudo, uma conversa detalhada sobre paz e cessar-fogo. O status neutro com um pacote claro de garantias de segurança é uma opção que também pode estar na mesa”, disse o funcionário ucraniano no dia anterior, segundo a Agência de imprensa União.
A Rússia lançou uma operação militar especial na região autônoma ucraniana de Donbass em 24 de fevereiro, depois que as autoridades das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk solicitaram ajuda para repelir a agressão de Kiev.
Anteriormente, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e ajuda militar.
Em um discurso televisionado, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o objetivo da operação é proteger a população de Donbass de abusos e genocídio por Kiev nos últimos oito anos e desmilitarizar a Ucrânia.
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