Falando por videoconferência na 49ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, Suíça, o líder venezuelano advertiu sobre as tentativas de impor fórmulas de colonialismo judicial a países soberanos através do órgão multilateral.
Maduro condenou perante as Nações Unidas a “campanha de mídia sustentada” para criminalizar a Venezuela, juntamente com as tentativas de golpe de Estado e assassinato, invasões mercenárias e penetração paramilitar promovidas a partir de Washington, com o apoio do governo colombiano, disse ele.
O dignitário também rejeitou a implementação de medidas coercitivas unilaterais contra o país sul-americano pelos Estados Unidos e pelo sistema financeiro internacional, o que privou o estado venezuelano de 99% de sua renda em moeda estrangeira das exportações.
Essas ações punitivas também causaram a perda de pelo menos 30 bilhões de dólares, que fazem parte dos ativos da Venezuela no exterior, ressaltou o presidente.
Ele lembrou que o Banco da Inglaterra sequestrou 31 toneladas de ouro das reservas internacionais da Venezuela, enquanto o Novo Banco de Portugal sequestrou, sob a forma de congelamento, mais de um bilhão de dólares pertencentes ao país sul-americano.
Da mesma forma, o City Bank transferiu ilegalmente mais de 342 milhões de dólares do Banco Central da Venezuela para uma conta no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos; “estas três instituições financeiras nos negam o direito de usar recursos para comprar vacinas, suprimentos, alimentos, para combater a Covid-19”, disse ele.
Maduro disse que um total de 502 medidas coercitivas unilaterais foram aplicadas à Venezuela para destruir sua economia, desestabilizar o sistema democrático e pôr fim ao modelo social inclusivo construído pela Revolução Bolivariana.
O Chefe de Estado também destacou as ações implementadas com sucesso pelo governo venezuelano para mitigar o impacto da pandemia e garantir a saúde e o bem-estar da população, apesar dos efeitos das chamadas sanções.
Maduro assinalou que a pandemia exacerbou a injustiça e as profundas desigualdades em nível global, expressas na disparidade de acesso a vacinas e tratamentos por parte dos países de baixa renda.
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