No dia seguinte, durante o funeral, o líder histórico Fidel Castro explicou os fatos e provou que a explosão foi intencional.
Anos mais tarde, novas investigações provariam a ligação entre a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e os eventos.
De acordo com documentos históricos, em março de 1960 a Revolução na ilha já estava sob o cerco político, diplomático e econômico do governo dos Estados Unidos.
O Coubre transportava espingardas, granadas e balas, adquiridas da indústria nacional belga pelo governo cubano para enfrentar as agressões crescentes da CIA.
Por volta das três horas da tarde, ocorreu a primeira detonação, o que impediu a descarga de todas as munições e também fez com que as autoridades cubanas, os trabalhadores de resgate, soldados, bombeiros e o povo em geral se precipitassem para o local.
Por esta razão, uma segunda explosão no meio dos esforços de resgate causou um total de 101 mortos, mais de 400 feridos, 34 desaparecidos e 82 crianças ficaram sem pai, de acordo com fontes documentais.
A historiografia nacional coincide em apontar que foi uma sabotagem preparada no ponto de embarque por agentes ao serviço dos Estados Unidos com o objetivo de impedir a chegada a Cuba do carregamento de armamentos e munições.
De fato, até aquela data, um relatório havia chegado à ilha sobre os esforços do cônsul estadunidense em Antuérpia, Bélgica, que estava tentando impedir o embarque.
No funeral para as vítimas (5 de março), Fidel Castro mencionou pela primeira vez o slogan que acompanharia o processo revolucionário cubano até os dias de hoje: Pátria ou Morte.
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