As ações da bolsa caem e os preços da energia sobem, à medida que a crise na Ucrânia se agrava e sanções econômicas cada vez mais rigorosas são consideradas contra Moscou, incluindo o corte das importações de petróleo russo, avaliou o jornal The New York Times.
Segunda-feira foi o pior dia de Wall Street em mais de um ano devido ao impacto nos mercados de petróleo e trigo, algo que se refletiu no índice S&P 500 que perdeu 3%, sua maior queda diária desde outubro de 2020.
O S&P 500 é um índice do mercado de ações que reúne as 500 empresas mais representativas dos Estados Unidos.
Enquanto isso, o Nasdaq composta caiu 3,6% e agora está 20% abaixo de seu recorde de novembro, entrando em território conhecido em Wall Street como um mercado em baixa, denotando uma queda séria.
A Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotation) é a segunda maior mercado de valores e bolsa de valores automatizada e eletrônica dos Estados Unidos, sendo a primeira a Bolsa de Valores de Nova Iorque com mais de 3.800 empresas e corporações.
De acordo com o Times, o conflito levantou preocupações sobre a inflação prolongada em todo o mundo, e como as ações caíram na segunda-feira, os preços da energia dispararam.
A preocupação, segundo os operadores, justifica-se porque a Rússia é um dos principais exportadores de petróleo e gás natural, fornecendo 10% do petróleo bruto mundial e 40% da chamada mistura gasosa na Europa.
As importações de energia fóssil da Rússia são “essenciais” para a “vida diária dos cidadãos” na Europa e o abastecimento do continente não pode ser garantido de outra forma no momento, disse o chanceler alemão Olaf Scholz.
Enquanto isso, o petróleo Brent de referência da Europa encerrou a segunda-feira em alta de 4,3%, para US$ 123,21 o barril, mas antes atingiu US$ 139.
O preço do petróleo deve continuar subindo quando uma solução para a crise na Ucrânia não for vista nos próximos dias devido à recusa ocidental em reconhecer a segurança da Rússia.
Além de energia, a Rússia é um grande produtor de commodities como trigo, alumínio e paládio, que é usado em carros e telefones, e os preços dessas commodities também subiram nos últimos dias.
Rússia e Ucrânia respondem por quase 29 % das exportações mundiais do grão, especialmente para regiões do Oriente Médio, às quais se somam problemas na safra da China, principal consumidor desse produto.
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