O Executivo Bolsonaro “dificultou ainda mais a vida das pessoas, afetando principalmente as mulheres da classe trabalhadora”, dizem grupos ligados ao tema.
Comunicaram que mulheres sem-terra e cientistas também preparam debates e ações por ocasião do movimento global pela igualdade.
Segundo o portal Brasil de Fato, entidades e grupos feministas pretendem ocupar as ruas e as redes sociais para gritar “Pela vida das mulheres” e “Bolsonaro nunca mais!”
Na pauta, as mulheres também buscarão “um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome”. Tal lema nacional resume as diversas batalhas travadas pelas mulheres brasileiras e que abrem as primeiras lutas sociais do ano.
Segundo o site, em dezembro, grupos do chamado sexo frágil encerraram os dias de Fora Bolsonaro, expondo especificamente a situação desse segmento da população que considera o Governo Federal uma “ameaça direta à vida das mulheres”.
No entanto, o ato desta terça-feira marca o retorno às ruas no Dia da Mulher, após a mobilização virtual do ano passado devido à pandemia de Covid-19.
A chamada Articulação Nacional das Mulheres Bolsonaro Nunca Mais apresentou um manifesto de entidades, no qual denuncia o aprofundamento da crise econômica no Brasil e no mundo, somada à política do governo de fome, desemprego e morte.
A Pesquisa Nacional de Domicílios revelou que a taxa de desocupação entre as mulheres foi de 13,9% no quarto trimestre de 2021, enquanto para os homens foi de nove.
Além disso, segundo boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado em 2021, o Brasil é o país com maior número de mortes maternas causadas pelo patógeno.
Em maio desse ano, a taxa de mortalidade materna era de 7,2%, mais que o dobro de toda a nação na época (2,8).
A Fiocruz também alerta que elas foram as que mais sofreram danos à saúde mental durante a pandemia.
A União Brasileira de Mulheres e a Confederação Brasileira de Mulheres alertam que gênero é a principal vítima da violência, do racismo estrutural, da crise sanitária e econômica, além de outros impactos das políticas adotadas pelo governo de extrema-direita do presidente.
msm/ocs/hb