Em um comunicado por ocasião do Dia Internacional da Mulher, as mulheres se chocaram contra a nação do norte e outros países capitalistas por tentarem impor o neoliberalismo e suas regras de “livre comércio”, independentemente do desenvolvimento humano, respeito e democratização dos recursos do planeta.
O neoliberalismo, aponta o documento, vende e privatiza a água e entrega nossa riqueza a multinacionais como a Barrick Gold (empresa mineira), que hoje pretende danificar seriamente o ecossistema desta nação com a barragem de rejeitos.
Da mesma forma, a aliança sistêmica neoliberal enfraquece e procura administrar completamente o movimento feminista, impondo-lhe sua agenda através de agências de cooperação internacional, acrescenta.
O texto também critica os laços criminosos entre o patriarcado e o capital que se manifestam em diferentes facetas.
Isto leva a um ressurgimento do fascismo e ao fortalecimento da direita e da extrema direita, como vimos no Brasil, no golpe de Estado na Bolívia, e aqui, com imposições religiosas, apoiadas pelos meios de comunicação de massa, aponta.
Acrescenta que a discriminação persistente contra as mulheres, incluindo a discriminação racial, se expressa em países menos desenvolvidos e dependentes, em maior desemprego, salários baixos e maior violência de gênero.
Tanto que em 2021 e em meio à pandemia de Covid-19, 152 mulheres foram vítimas de feminicídio, diz a declaração.
Finalmente, refutaram as promessas dos governos neoliberais de alcançar uma suposta igualdade entre os sexos, “nunca possível dentro do sistema capitalista patriarcal” e apelaram para esforços para revitalizar o movimento feminista, alcançando sua autonomia e terminando sua dispersão.
Neste 8 de março endossamos a memória feminista, as mulheres trabalhadoras, camponesas, resistências que seguram alto suas bandeiras de luta e continuam com reivindicações e propostas políticas destinadas a garantir a continuidade de uma nova sociedade, concluiu o texto.
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