O evento, organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e realizado no hotel Crowne Plaza Corobicí da capital, com formato presencial e virtual, conta com a presença de cerca de 1.200 delegados dos 33 países membros do bloco regional.

No segundo dia de sessões, a subsecretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, alertou enfaticamente que a América Latina e o Caribe não estão hoje no caminho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.

Mas, destacou, há esperança, desde que sejam tomadas medidas em cinco prioridades para acelerar o cumprimento dessas metas, que vão desde a recuperação econômica pós-pandemia até a aceleração dos investimentos para conter as mudanças climáticas.

Mohammed destacou que a América Latina tem grandes desafios estruturais: desigualdades extremas, baixa produtividade, alto nível de endividamento, desemprego e alta informalidade, que se aprofundam com graves consequências para mulheres, jovens e populações mais vulneráveis do continente.

Entre os setores mais afetados, citou indígenas, afrodescendentes, migrantes e refugiados, também afetados pelos fortes impactos das mudanças climáticas na região.

Precisamos acelerar o progresso e voltar aos trilhos , disse ela, propondo aumentar a resiliência contra a pandemia de Covid-19, aumentar os investimentos na proteção de pessoas e ecossistemas na linha de frente da crise climática e impulsionar transições justas e sistemas energéticos e alimentares.

Inaugurada nesta segunda-feira pelo presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, na qualidade de Presidência Pro Tempore da CEPAL, a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed; e da Secretária Executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, o Fórum busca oferecer oportunidades úteis de aprendizagem entre pares por meio de revisões voluntárias, intercâmbio de boas práticas e discussão de objetivos comuns.

Da mesma forma, nesta quarta-feira concluem-se as cinco mesas temáticas sobre desenvolvimento em transição e a urgência de avançar para uma cooperação internacional renovada para o desenvolvimento; e o monitoramento estatístico, quantitativo e territorial dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Além disso, os desastres naturais e a assimetria da mudança climática no Caribe; conservação e uso sustentável da biodiversidade para recuperação sustentável; e educação e igualdade de gênero como um direito humano central para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

As conclusões do Fórum serão enviadas diretamente ao Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, mecanismo global de monitoramento da Agenda 2030 que se reúne todo mês de julho em Nova York.

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