Em declarações à Prensa Latina, a médica do Instituto Cubano de Oftalmologia Ramón Pando Ferrer, Isabel Obret, especificou que os pacientes começam com distúrbios visuais e muitas vezes não dão a devida importância ao pensar que já precisam usar óculos.
Estes são realmente os primeiros sintomas de que a alta pressão intraocular está afetando a visão do olho, apontou Obret, que argumentou que as pessoas perdem a estabilidade visual e a nitidez das cores.
Glaucoma tem alta prevalência em nosso país, mas é muito mais frequente em negros, e muitas vezes o paciente chega tarde à nossa consulta, disse Obret.
O glaucoma – que está associado à pressão alta e à miopia, para citar exemplos – é tratado com medicamentos, mas existem outras alternativas, como cirurgias a laser ou com filtro, procedimentos muito caros em outros países.
Lembrou que graças ao líder histórico da Revolução, Fidel Castro, e ao falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, nasceu a Operação Milagre, que possibilitou ao país caribenho adquirir tecnologia de ponta, que nos permitiu revolucionar a nós mesmos, disse ele.
Também temos avanços no combate ao Glaucoma por meio da indústria farmacêutica, destacou o especialista de Pando Ferrer.
Quando entrei na área de Oftalmologia, em Cuba tínhamos apenas dois tipos de colírios, e hoje temos cinco apresentações de medicamentos combinados e não combinados.
Temos também tecnologia a laser, equipamentos de diagnóstico e monitoramento, além de tomógrafos, comentou o especialista.
Obret recomendou estilo de vida saudável, alimentação balanceada e prática sistemática de exercícios físicos, devendo sempre ser compensado quem tem alguma doença de base.
Quem já está doente tem que cumprir rigorosamente o tratamento, porque se não o fizer, o destino final seria a cegueira irreversível, e esse mal não está associado a milagres, afirmou Obret.
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