Nesta semana, o Presidente Nicolás Maduro confirmou a realização da reunião no Palácio Miraflores (sede do Poder Executivo) com uma delegação da Casa Branca.
A este respeito, ele declarou que a reunião se realizou em um ambiente diplomático, respeitoso e cordial, no qual os representantes de Washington e do Executivo bolivariano concordaram em desenvolver “uma agenda positiva para o futuro”.
Ele também anunciou a decisão de reativar o diálogo nacional e avançar com um processo de consulta mais inclusivo e abrangente, que chegaria a todos os setores interessados em garantir a paz e a recuperação econômica do país.
No dia anterior, durante uma coletiva de imprensa após seu discurso no 2º Fórum Diplomático Antalya na Turquia, a Vice-Presidente Executiva Delcy Rodríguez enfatizou que o governo bolivariano assume que as aproximações iniciais não podem ser condicionadas em nenhuma circunstância.
Ela lembrou que esta aproximação foi feita no âmbito estrito das relações bilaterais, “é uma primeira aproximação e esperamos que o desenvolvimento, no âmbito da diplomacia e do diálogo construtivo, possa avançar”.
“Este momento depende de uma grande maturidade por parte dos líderes”. “Não podemos assumir as relações internacionais de uma perspectiva infantil”, disse ele, lembrando que foram os Estados Unidos que cortaram todas as relações e cooperação com a Venezuela.
A reunião, realizada a mando da administração de Joe Biden, tem uma grande importância simbólica, pois significou o reconhecimento da legitimidade do presidente venezuelano, após vários anos de apoio da Casa Branca a um suposto governo interino, na figura do ex-deputado da oposição Juan Guaidó.
A aproximação de Washington com o país sul-americano também ocorreu no contexto da operação militar da Rússia na Ucrânia e das severas medidas de retaliação aplicadas pelo Ocidente contra Moscou, com um impacto significativo no comércio internacional de energia.
Enquanto isso, durante seu programa de televisão Con el mazo dando, o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, considerou apropriado que os representantes da oposição incluíssem nas conversações aqueles que ganharam apoio popular nas últimas eleições.
Ele enfatizou que para futuras reuniões, é importante especificar quem serão os participantes da mesa redonda acima mencionada, bem como o apoio que eles têm do eleitorado.
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