Santiago de Cuba, 13 mar (Prensa Latina) Em 14 de novembro de 2019, os reis da Espanha, Felipe VI e Letizia Ortiz, chegaram à cidade de Santiago de Cuba depois de uma visita oficial a Havana por ocasião do 500º aniversário do fundação da capital.
Durante as três horas que permaneceram na província oriental do país, Suas Majestades completaram um intenso programa no qual a visita ao Parque Memorial de San Juan se tornou um momento significativo.
Aninhado na colina homônima e no próprio centro da história cubana, este sítio urbano declarado Monumento Nacional relembra as páginas gloriosas dos eventos que ocorreram no mesmo local e evoca igualmente os mambises “nome dado aos combatentes da independência criollos” e os militares estadunidenses e espanhóis.
No complexo, localizado a leste da cidade, Felipe e Letizia colocaram uma coroa de louros diante da escultura que homenageia os soldados ibéricos tombados na Guerra Hispano-Cuba-Norte-Americana, que terminou neste cenário em julho de 1898.
Os monarcas percorreram os vários monumentos e inscrições que detalham esses confrontos terrestres, que selaram, com uma paz sem independência, quase 30 anos de batalha dos insurgentes do Exército de Libertação.
Lá você pode ver reproduções artísticas em bronze consagradas ao mambí vitorioso, o soldado estadunidense desconhecido e o combatente espanhol, juntamente com placas e obeliscos comemorativos, canhões e peças de artilharia de campanha, todos guardados por um ambiente natural agradável.
A ÁRVORE DA PAZ
Em 17 de julho de 1898, foi assinada a capitulação da guarnição espanhola em Santiago de Cuba, sob a árvore da ceiba chamada desde então Árvore da Paz, em meio à ignominiosa pretensão do comando estadunidense de impedir que as tropas locais, comandadas por General Calixto García, sua entrada na cidade heróica.
Esse fato obscureceu a glória daqueles minutos trancendentes, assim como a interferência interesseira dos Estados Unidos, cuja participação no conflito, quando os mambises praticamente venceram a conflagração contra a Espanha, foi o prelúdio da intervenção neocolonial e imperialista que viria depois.
Detido no tempo, com a sua enorme carga simbólica e as contradições dos acontecimentos históricos, os expoentes deste memorial oferecem aos visitantes uma síntese do que aconteceu na ilha no final do século XIX e apenas dois anos após a entrada no século XX.
Os vestígios das ações ali realizadas sobrevivem em cada espaço do Parque San Juan, orgulho de Santiago de Cuba pelo papel decisivo que desempenhou na defesa da cidade durante a Guerra Hispano-Cuba-Americana, conflito que pôs fim ao domínio colonial na ilha caribenha.
A visita do rei Felipe VI e da rainha Letizia Ortiz marcou um altíssimo nível em uma transcendência sedimentada no desejo secular dos cubanos por sua independência.
(Retirado do Prisma) / ls
