O incidente ocorreu na comunidade de Temucuicui durante a primeira visita do Ministro à chamada Macrozona Sul, cenário de um conflito entre o Estado e a comunidade mapuche que exige o retorno de suas terras ancestrais e onde foram registrados atos de violência nos últimos anos.
“Com mais convicção do que nunca, reafirmamos nosso caminho. A violência não nos deterá”, escreveu a ministra em sua rede social no Twitter.
Siches se encontrou na região com Marcelo Catrillanca, pai do jovem Camilo Catrillanca, que foi baleado na cabeça pela polícia Carabineros em 2018.
O objetivo de sua visita foi reunir-se com todos os atores afetados e envolvidos pelas tensões e conflitos na área, incluindo comunidades indígenas, vítimas da violência, o multissindicato que reúne os principais setores produtivos, prefeitos, governadores e delegados presidenciais.
Outro objetivo da viagem foi preparar as condições para o fim do estado de emergência imposto pelo governo anterior, o que permite que as forças armadas sejam destacadas para lá.
A porta-voz do governo, Camila Vallejo, insistiu na terça-feira sobre a necessidade de acabar com a militarização na Macrozona Sul e iniciar o diálogo com as comunidades Wallmapu.
“O caminho que decidimos seguir para enfrentar a situação que sabíamos que ia ser difícil. Sabemos que provavelmente há muitos que não querem diálogo”, declarou Vallejo após o incidente.
Disse que foram disparados tiros no ar quando a comitiva passou, mas ninguém foi ferido ou veículos danificados.
“Entendemos que foi uma medida de intimidação e que não foram disparados tiros contra os veículos”, disse o governador de La Araucanía, Luciano Rivas.
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