A flexibilização dos requisitos de acolhimento inclui a mudança de um visto temporário de 90 dias para um de longa duração, com direito a residência e trabalho durante um ano.
De acordo com as autoridades japonesas, cada caso será avaliado de acordo com suas necessidades individuais.
Na véspera, o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, disse à imprensa que seu governo cooperará com prefeituras e empresas locais interessadas em ajudar os refugiados, para garantir condições de vida como moradia, empregos e bolsas de estudo.
Esta medida responde a um pedido do embaixador ucraniano em Tóquio, Sergiy Korsunsky, sobre a possibilidade de conceder autorizações de trabalho aos seus cidadãos deslocados durante a sua estadia no Japão. De 2 de março até hoje, cerca de 47 ucranianos pisaram em território japonês depois de fugir do conflito em seu país de origem.
“Queremos mostrar nossa solidariedade com o povo da Ucrânia”, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida, anunciando no início deste mês sua política de abertura de fronteiras diante da crise humanitária.
As disposições atuais diferem da prática japonesa usual em questões de imigração, caracterizada pela baixa aceitação de refugiados. Em 2020, o governo só permitiu a entrada de 47 pessoas sob esse status, de quase quatro mil inscrições.
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na região de Donbass para proteger as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk dos abusos e genocídio do exército ucraniano.
A ofensiva do Kremlin também busca desmilitarizar a Ucrânia para garantir sua segurança nacional, diante da ameaça representada pela política belicista da Organização do Tratado do Atlântico Norte e seu projetado expansionismo para o leste.
As partes opostas realizaram quatro rodadas de diálogo para chegar a um cessar-fogo, enquanto o número de civis deslocados ultrapassa os três milhões, informou a ONU.
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