Isso foi expresso em sua conta oficial no Twitter pela diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, que se reuniu no dia anterior com especialistas afegãos para discutir esse e outros assuntos.
Esta reunião foi realizada no âmbito da Comissão da Situação Jurídica e Social da Mulher, que decorre de 14 a 25 de março na ONU.
As autoridades da organização multilateral pediram repetidamente ao movimento talibã que reconheça e proteja os direitos humanos fundamentais das pessoas e, em particular, os das mulheres e meninas.
“Nenhum país pode prosperar negando os direitos de metade de sua população. As mulheres e meninas do Afeganistão devem ter acesso a todas as oportunidades de educação e emprego, saúde e outros serviços essenciais”, disse no início deste ano o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
No futuro, ela enfatizou, também é essencial que tudo seja feito para construir instituições governamentais inclusivas nas quais todos os afegãos se sintam representados.
Após a saída intempestiva das forças dos Estados Unidos, após cerca de 20 anos de ocupação militar, e o retorno ao poder do movimento Talibã em agosto de 2021, a crise no Afeganistão se agravou.
Milhões de pessoas foram deslocadas ou fugiram do território, e ocorreram retrocessos em questões como a igualdade de gênero, já que muitas mulheres agora não têm a chance de trabalhar ou frequentar a escola.
Além disso, as Nações Unidas registraram várias denúncias de desaparecimentos de ativistas afegãos, bem como de mulheres naquele país que têm negado o direito de acesso à educação ou ao trabalho, entre outras arbitrariedades relacionadas à sua participação na vida pública.
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