“Talvez Biden deva ser lembrado de quem é o criminoso de guerra?”, escreveu o chefe da estatal russa em seu canal Telegram, em resposta à acusação desse tipo lançada ontem pelo chefe da Casa Branca contra o presidente Vladimir Putin.
Rogozin anexou à publicação um vídeo de arquivo onde o chefe de Estado dos EUA admite que foi ele quem propôs bombardear Belgrado em 1999 e enviar pilotos da Força Aérea para destruir pontes sobre o Danúbio.
“À beira de seu túmulo, este maldito velho deve se lembrar de suas atrocidades, dos milhares de civis que matou”, enfatizou a autoridade russa.
Ontem à noite, o chefe da Casa Branca disse que Putin “é um criminoso de guerra”, o que foi descrito pelo Kremlin como retórica inaceitável e imperdoável, disse o porta-voz presidencial russo Dmitri Peskov.
Falando à agência de notícias TASS, Peskov comentou que as bombas de Biden “mataram centenas de milhares de pessoas em todo o mundo”.
Em 17 de março, exatamente um ano atrás, o presidente dos EUA respondeu afirmativamente a um jornalista de televisão quando perguntado se achava que Putin era um assassino.
Naquela época, as declarações de Biden foram descritas como rudes e fora dos padrões de um estadista desse nível. Também provocaram uma ampla rejeição das autoridades do país e o pedido de consultas em Moscou do embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, para analisar as relações bilaterais.
Sobre as palavras de Biden há um ano, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zajárova, disse que os Estados Unidos são culpados de levar as relações com a Rússia a um beco sem saída.
O diplomata alertou que “a demonização” da Rússia pelo governo dos EUA já atingiu seu limite.
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