A marcha está prevista para a tarde e terá início na sede do Instituto Equatoriano de Segurança Social (IEES) com o plano de chegar à presidência da república, para entregar o relatório que apoia o aumento dos salários contidos na Lei Orgânica de Educação Intercultural (LOEI).
“Ouçam, a UNE nacional está na luta pela educação pública, pela igualização dos salários e pela aplicação do LOEI. Magisterio Unidos Venceremos”, disse o presidente do sindicato em Pichincha, Jhonny Tamayo, na sua conta do Twitter.
Por sua parte, Isabel Vargas, presidenta nacional da UNE, afirmou numa entrevista: “O Presidente Guillermo Lasso deve mostrar-se um homem que cumpre a sua palavra, mas acima de tudo, um líder que está empenhado na educação. Aqui não há vontade política de legislar não só para os professores mas também para o povo equatoriano”.
Este será o segundo dia de protesto dos professores, pois na véspera da realização de um comício na cidade portuária de Guayaquil, os professores dirigiram-se ao gabinete do governador para apresentar o texto aprovado pelo legislador, no qual o organismo ratifica a equiparação dos salários e outros direitos dos professores.
As ações são uma resposta às declarações do dignitário em que afirmou que a economia atual do Equador não permite que o aumento seja aplicado.
Lasso alegou que eram necessários quatro bilhões de dólares para implementar o aumento, mas os professores e o Parlamento fixaram o valor em 630 milhões de dólares por ano.
Segundo o estudo, os fundos poderiam provir das receitas petrolíferas, que aumentaram, ou por outras fontes como o próprio LOEI, segundo o qual o financiamento viria de 6% do Produto Interno Bruto, com um orçamento pré-determinado.
O aumento das receitas fiscais provenientes da recuperação econômica, que aumentaram 1,4 bilhão de dólares em 2021 em comparação com o ano anterior, seria outra via.
Na opinião dos diretores do setor, o chefe de Estado está enganando o povo, e face a esta realidade é necessário levantar a nossa voz.
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