Um relatório do Escritório Central Palestino de Estatísticas e da Autoridade Palestina da Água destaca que 79 porcento da água disponível na Faixa de Gaza e na Cisjordânia vem de fontes subterrâneas.
A principal razão para o uso limitado de águas superficiais deve-se ao controle israelense sobre o rio Jordão e o Mar Morto, denunciou o comunicado conjunto, divulgado por ocasião do Dia Mundial do Líquido, que é comemorado todos os anos em 22 de março.
De acordo com o texto, mais de 97 porcento da água bombeada na Faixa de Gaza, onde vivem 2 milhões de palestinos, não atende aos padrões da OMS. A Autoridade de Águas da Faixa de Gaza alertou no dia anterior sobre o esgotamento do único aquífero do enclave costeiro, que fornece líquido a mais de 90 porcento dos habitantes do território.
Mazen Al-Banna, diretor daquela organização, destacou que a água caiu para níveis significativos devido ao bombeamento excessivo, e ao mesmo tempo considerou o bloqueio israelense responsável pela crise.
Citado pela agência de notícias Safa, Al-Banna sublinhou que a esta situação se soma a crescente intrusão salina devido à mistura de água do Mar Mediterrâneo.
Al-Banna referiu-se à contaminação do líquido por vazamento de esgoto por falta de infraestrutura em várias áreas de Gaza como outro problema grave.
Israel é o principal responsável pela crise, não apenas por manter o território bloqueado desde 2007, mas também porque os refugiados aqui representam 67 porcento da população total, denunciou.
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