Biden viajará para a Europa na noite de quarta -feira, onde participará de uma reunião de emergência da Otan em Bruxelas, Bélgica, sobre a Ucrânia amanhã; ele se reunirá com líderes do G7 (Grupo das sete economias mais fortes do mundo); e dirigir-se-á ao Conselho Europeu.
Conforme relatado pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, Biden anunciará medidas previamente coordenadas com os líderes de países europeus aliados para fortalecer as sanções contra a Rússia por sua operação militar em território ucraniano.
Washington e seus parceiros ocidentais aplicaram inúmeras restrições econômicas a Moscou depois de iniciar ações para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia em 24 de fevereiro, conforme reivindicado pelo Kremlin.
Embora investigações recentes indiquem uma recepção favorável dos estadunidenses ao ataque contra a Rússia, as mesmas sanções impostas pela Casa Branca contra o país eurasiático freiam a popularidade do chefe do Executivo.
Uma pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que 54 % dos americanos desaprovam a atuação do presidente, principalmente por causa da inflação, que disparou muito antes da guerra, influenciada pela crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19.
O valor da gasolina atingiu mais de quatro dólares o galão nas últimas semanas e esse pico, junto com o de outros bens, pode representar um obstáculo para os democratas antes das próximas eleições legislativas de novembro.
Além disso, outra questão que parece relegada é a falta de recursos para responder à Covid-19 após deixar de fora o projeto de lei de gastos públicos que estendeu o financiamento do executivo até o final do ano fiscal de pelo menos um valor mínimo para a doença.
O líder da maioria no Senado, Charles Schumer, assegurou nesta terça-feira que está trabalhando em conjunto com alguns republicanos em um projeto para responder adequadamente à crise sanitária, mas ainda precisa ser aprovado nas duas casas do Congresso.
O conflito na Ucrânia, agravado como apontam analistas pelo papel do governo dos EUA e da OTAN, representa outro desafio interno para Biden, que assumiu o cargo diante da pior crise de saúde pública em 100 anos e vê cair progressivamente seus índices de aprovação.
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