A mobilização, que coincidirá com a intensificação dos bloqueios nas estradas por motoristas contrários ao aumento dos preços dos combustíveis, reivindicará o acesso à terra e outras demandas frustradas pelo governo.
Os manifestantes, liderados pela Coordenadoria Nacional Intersetorial (CNI) e pela Federação Nacional dos Camponeses, pedirão a criação de um seguro agrícola para fazer frente às suas perdas como pequenos produtores.
Eles também vão contestar medidas como a Lei Zabala, que defende o que eles consideram uma distribuição injusta de terras, informaram delegados de agricultores reunidos na Plaza Uruguaya da capital.
“O que pedimos é dado em um contexto de miséria gerado pelo descaso do governo”, que os manifestantes vão denunciar perante as instituições legislativas e estatais, segundo o líder da CNI, Jorge Galeano.
A mobilização vai revelar as deficiências do que descrevem como um Estado falido, face à crise provocada pela pandemia de Covid-19, a seca e a subida dos preços dos combustíveis.
Outra ação é a apresentação ao Congresso de um projeto legislativo para atenção integral às demandas do setor em situações que afetam a economia e a família, acrescentou a liderança camponesa.
A marcha exigirá especialmente a contenção do problema da fome que afeta, especificou Galeano, 10% da população, principalmente pequenos produtores.
Segundo o delegado setorial, os manifestantes vão entregar outras petições a legisladores e autoridades dos Ministérios da Agricultura e Pecuária e Finanças, e à Secretaria Nacional de Emergência.
Por sua vez, os protestos dos transportadores contra os altos preços dos combustíveis comemoram nesta quinta-feira 11 dias de bloqueios e fechamentos totais ou parciais na maioria das ruas, avenidas e rodovias do país.
Dirigentes dos dois setores anunciaram que estão coordenando esforços para alternar e complementar suas ações, principalmente com a chegada prevista à cidade de cerca de mil motoristas para exercer mais pressão sobre o executivo.
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