A política migratória dos Estados Unidos para Cuba estimula os fluxos ilegais e irregulares. Faz parte de sua tradicional política desestabilizadora e do desejo de usar a população como refém de uma ambição hegemônica e hostil contra Cuba e contra nosso governo, destacou o presidente no Twitter.
Havana denunciou no dia anterior que, com suas regulamentações migratórias abusivas, Washington não cumpre os compromissos bilaterais e implica um ônus para as nações de trânsito para o território do norte.
Por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores destacou que os EUA estão trabalhando para dificultar o processamento de novos vistos nas embaixadas credenciadas na capital cubana, com o objetivo de aumentar o desconforto dos cidadãos afetados.
O documento recorda a recusa daquele país em processar em Cuba os 20.000 vistos anuais com os quais se comprometeu em acordos bilaterais e o peso do bloqueio econômico reforçado que afeta o nível de vida da população.
Soma-se a isso “a pressão sobre os governos da região para exigir vistos de cubanos que desejam aproveitar o incentivo permanente à emigração para os Estados Unidos”, afirma o texto publicado no site Cubaminrex.
De acordo com o Itamaraty, Cuba tratou dessas questões por via diplomática com o governo da nação do norte, e expressou que esta conduta é abusiva com o cubano aspirante a emigrar, incompatível com os acordos bilaterais assinados, prejudicial aos países de região e estimula a migração ilegal, irregular e insegura.
Desde 2017, Washington descumpriu a obrigação assinada em 1994 de garantir a migração legal para seu território de um mínimo de 20.000 cubanos por ano.
O cenário atual “não está longe da tradicional política desestabilizadora dos Estados Unidos contra Cuba e do desejo de usar a população como refém de uma ambição hegemônica e hostil contra Cuba e contra nosso governo”, sublinha o comunicado.
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