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Lugansk pode realizar referendo sobre adesão à Rússia

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Lugansk pode realizar referendo sobre adesão à Rússia

Kiev, 27 de mar (Prensa Latina) O chefe da autoproclamada República Popular de Lugansk, Leonid Pásechnik, disse hoje que existe a possibilidade de convocar um referendo sobre a adesão à Rússia em um futuro próximo.

“Acredito que em um futuro próximo será realizado um referendo no território da República, no qual o povo exercerá seu direito constitucional absoluto e expressará sua opinião sobre a adesão à Federação Russa”, disse o funcionário em uma reunião com o governo estrangeiro.

Sobre o assunto, o chefe do Comitê de Leis Constitucionais do Conselho da Federação Russa (Câmara Alta do Parlamento), Andrei Klishas, ​​afirmou que tanto a República Popular de Lugansk (LPR) quanto a República Popular de Donetsk (DPR) têm o direito convocar tais plebiscitos.

Em declarações à agência noticiosa Sputnik, o senador russo lembrou que Moscou reconheceu a soberania de ambos os territórios, pelo que os seus órgãos de poder têm o direito de adotar as decisões que quiserem de acordo com as respectivas constituições.

Após sua tentativa de se separar do governo de Kiev em 2014, as autoproclamadas repúblicas assumiram os limites administrativos de suas respectivas regiões da Ucrânia, embora tenham exercido controle real sobre um terço do território do Donbass nos últimos oito anos.

A situação na linha de contato em Donbass se agravou a partir de 17 de fevereiro, quando a região sofreu o mais intenso bombardeio dos últimos meses com o uso de artilharia pesada, proibido pelos acordos de Minsk e pela resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A Rússia iniciou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as autoridades de Donetsk e Lugansk solicitaram sua ajuda para repelir o aumento da agressão de Kiev.

Três dias antes, o país os reconheceu com estados soberanos dentro das fronteiras proclamados em 2014 e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes, que incluíram o estabelecimento de relações diplomáticas e um acordo de ajuda militar.

Em seu discurso para informar sobre o início da operação, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que seu objetivo é proteger a população de Donbass dos abusos e genocídio de Kiev durante os últimos oito anos, além de “desmilitarizar” e “desnazificar” Ucrânia.

Esta sexta-feira, o Estado-Maior russo assegurou que o cumprimento dos principais objetivos da primeira fase da operação militar na Ucrânia permite a Moscovo dar prioridade à libertação de Donbass, onde 276 povoados já estão sob o controlo das suas milícias locais.

rgh/mml/sc

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