A operação, que por uma surpreendente coincidência começou horas antes de uma sessão parlamentar para debater uma moção para retirar o presidente do cargo, conseguiu prender o empresário Zamir Villaverde, que teve contatos com Castillo.
Também foram presos o empresário Víctor Valdivia e o ex-oficial George Passapera, supostamente ligado à construtora Termirex, que foi contratada irregularmente para construir uma ponte no norte da selva peruana, o caso por trás da operação, embora o contrato tenha sido anulado.
Procuradores e policiais estão fazendo buscas em várias casas e escritórios em busca do ex-Secretário Geral da Presidência, Bruno Pacheco, bem como de outras sete pessoas sob investigação pelo contrato, entre elas Fray Vásquez Castillo e Gian Marco Castillo, sobrinhos do Chefe de Estado.
Nem o ex-secretário nem os sobrinhos de Castillo, que foram proibidos de sair do país por um juiz na semana passada, foram localizados para a execução de uma ordem de detenção preliminar de 10 dias.
Os sobrinhos do presidente foram incluídos por utilizarem carros e apartamentos fornecidos pelos empresários que se beneficiaram do contrato questionado.
A empresária e lobista Karelim López foi excluída da operação. Ela está sendo investigada como gerente do contrato e se ofereceu para colaborar com o Ministério Público em outro caso de lavagem de dinheiro.
López acusa os sobrinhos de usar a influência para favorecer os empresários em contratos com o Estado e implicou Castillo e Pacheco, algo que ainda não foi verificado, embora faça parte dos 20 fundamentos para a moção de abertura de vaga contra Castillo.
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