Entre os locais visitados pela delegação está o município de Longonjo, na província do Huambo (centro-oeste), onde existe uma importante reserva de neodímio e praseodímio (NdPr), noticiou o Jornal de Angola na sua edição digital. Desde 2020, o Executivo aprovou a constituição do chamado Projeto Longonjo, que poderá vir a ser a primeira grande mina de terras raras de NdPr na África, o que contribuirá para a diversificação da economia interna, disse o jornal.
De acordo com o meio de comunicação social, a governadora do Huambo, Lotti Nolika, mostrou-se disposta a ajudar entidades britânicas a estabelecerem alianças com outras empresas mineiras da zona e convidou-as a explorar outras áreas de desenvolvimento económico local, como a agricultura e o turismo.
Esta quarta-feira a delegação empresarial do Reino Unido deslocou-se ao Lobito, na província de Benguela, para estabelecer outros contatos também no sector mineiro e para o transporte ferroviário dos recursos extraídos das jazidas, adianta a informação.
O projeto Longonjo abrange 21 quilómetros quadrados e os direitos mineiros para a sua exploração foram cedidos pelo Governo à transnacional Pensana Rare Earths, sediada na Austrália, através da sua subsidiária Ozango Minerals, resultante da parceria com a empresa angolana Ferrangol-EP.
Terras raras é o nome comum para 17 elementos químicos: escândio, ítrio e os 15 elementos do grupo dos lantanídeos (lantânio, cério, praseodímio, neodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio e lutécio).
Esses metais apresentam um conjunto semelhante de propriedades e são muito procurados pelo setor elétrico e eletrônico em escala global; com eles, a indústria de alta tecnologia produz de tudo, desde baterias de lítio para carros elétricos, smartphones e computadores, turbinas eólicas e aviões de combate.
mem/mjm / fav