O líder do sindicato do combustível, Gerardo Rodríguez, um dos promotores da coleta de assinaturas para o referendo de domingo, disse que após muitos anos os movimentos sociais e sindicais se reuniram novamente com um objetivo comum.

Argumentou que, diante dos desafios futuros, como a reforma questionada da previdência social, um próximo Congresso Popular definirá uma plataforma programática de caráter popular para resistir ao plano do governo.

“A ala direita está atacando alguns líderes sindicais porque sabe que além do referendo, está criando um bloco alternativo popular ao capitalismo que pode parar seu projeto político e disputar a hegemonia”, disse ele ao portal Caras y Caretas.

Outro protagonista histórico, Gustavo González, líder da Federação das Cooperativas Habitacionais de Ajuda Mútua (Fucvam), disse que os votos do Sim mostraram um renascimento da militância no terreno, indispensável para qualquer proposta de mudança.

Sobre estas perspectivas, a porta-voz da feminista Intersocial Soledad González, enfatizou que o resultado próximo da recente consulta colocou um freio nesta forma de governo com a LUC e a mensagem é que as coisas importantes no país têm que ser discutidas com os movimentos sociais. Para Amira Fagúndez da Federação de Estudantes Universitários do Uruguai, a coleta de assinaturas abriu um espaço para o crescimento dos centros educacionais, com a reforma educacional como foco e diante da crescente pobreza, feminicídios e homicídios em geral, e “pensar em como sair e aprofundar propostas”.

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