Um primeiro rascunho do programa para este mês no Conselho incluiu ambos os pedidos, mas na versão final do documento aparece apenas a agenda da sessão que a representação de Kiev solicitou.
O embaixador russo nas Nações Unidas, Vasili Nebenzia, considerou inconcebível a recusa do Reino Unido – na presidência rotativa do órgão neste mês – de convocar uma reunião especial sobre os sucessos na cidade ucraniana de Bucha.
“O que aconteceu ontem e hoje não tem precedentes na história da ONU”, enfatizou, referindo-se à oposição contínua de Londres.
Segundo a imprensa credenciada à organização multilateral, Moscou pretende apresentar ao Conselho de Segurança questões que demonstrem que as declarações ocidentais sobre o que supostamente aconteceu em Bucha são falsas.
Nebenzia indicou que a mídia ocidental quer desacreditar as forças armadas da Rússia e exercer pressão política sobre o país.
No último sábado à noite foram divulgadas várias imagens de corpos estendidos nas ruas desta cidade ucraniana, de onde as tropas russas se retiraram em 30 de março.
O Ministério da Defesa russo denunciou que se tratava de uma “encenação” criada pelos meios ocidentais.
A procuradora-geral da Ucrânia, Irina Venedíktova, disse que 410 corpos de civis foram encontrados nos arredores de Kiev.
No entanto, as autoridades russas descreveram a montagem e provocação das imagens publicadas, negando que a população civil tenha sofrido abusos enquanto a cidade permaneceu sob o controle de suas tropas.
Os países ocidentais, por sua vez, apontam o dedo acusador para Moscou e acusações de crimes de guerra contra civis ucranianos.
Para o máximo representante das Nações Unidas, António Guterres, urge uma investigação independente sobre o que aconteceu na Bucha, e a Missão de Observação dos Direitos Humanos anunciou que vai visitar esta cidade o mais rapidamente possível.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou que a situação em Bucha é uma encenação que Ocidente e a Ucrânia transmitem nas redes sociais, o que pode constituir uma provocação.
Da mesma forma, ele apontou a capacidade do Reino Unido -na qualidade de presidente este mês do Conselho de Segurança- para abordar objetivamente o conflito na Ucrânia.
Da mesma forma, o Kremlin denunciou como repetidamente na sessão deste Conselho, quando abordou o conflito na Ucrânia que se ignorou os anos de agressão de Kiev na região de Donbass.
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