A agência oficial de notícias Wafa afirmou que os policiais uniformizados invadiram a casa de Ghaith, localizada na parte leste da cidade, e o levaram para uma delegacia.
Vários veículos militares e policiais invadiram o bairro de Silwan antes de cercar e invadir a casa do prefeito, informou o Centro de Informações Wadi Hilweh.
Antes de liberá-lo, os agentes lhe entregaram uma ordem renovando uma proibição de três anos de entrar na Cisjordânia pelos próximos seis meses ou de se reunir com qualquer funcionário da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Desde que assumiu o cargo em 2018, o funcionário foi preso 28 vezes pelas forças de segurança israelenses.
“Permaneceremos em nossa terra, encarnando nossa soberania (em Jerusalém)”, disse ele a repórteres logo após deixar a delegacia.
O ataque coincide com os protestos palestinos que ocorrem há quatro dias ao redor do Portão de Damasco, um dos oito que permitem a entrada na Cidade Velha de Jerusalém.
As manifestações foram reprimidas pelas tropas israelenses, que prenderam dezenas de pessoas
As emissoras de televisão árabes mostraram imagens de espancamentos policiais a vários palestinos, a maioria jovens, que se reuniram no local.
A tensão aumentou após a visita ao local, sob fortes medidas de segurança, do chanceler israelense Yair Lapid, que foi considerada uma provocação pelos palestinos.
Diante da situação, a ANP condenou “as operações de repressão, intimidação e abusos praticadas pelas forças de ocupação contra os palestinos em Jerusalém”.
O exército de Tel Aviv ocupou a parte oriental da metrópole na guerra de 1967 e, desde então, mantém o território sob seu controle, apesar das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
De fato, em 1980 as autoridades israelenses declararam toda a cidade a capital eterna e indivisível do país, posição rejeitada pela comunidade internacional.
De acordo com várias organizações não governamentais, cerca de 200 mil colonos israelenses vivem nessa área e mais de 490 mil no resto da Cisjordânia ocupada.
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