Segundo aquele escritório, em conversa telefônica, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, lembrou sua colega norte-americana, Melanie Joly, do impacto negativo nos laços mútuos da prisão da chefe financeira da Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos.
“A essência deste caso está na repressão das empresas chinesas de alta tecnologia realizada pelos Estados Unidos por meio de coerção (…) Nenhum país deve agir como facilitador de tal assédio unilateral, e todos os países têm o direito das respostas necessárias”, disse Wang. Lamentou que a situação atual dos laços Beijing-Ottawa não favorece o interesse de nenhuma das partes, pedindo ao Canadá que enfrente os problemas, coopere com a China e a veja de forma positiva, objetiva e com uma política pragmática.
Insistiu para que a nação norte-americana faça mais para fortalecer a confiança mútua, exigindo o respeito aos interesses fundamentais e não criando novos obstáculos ao desenvolvimento das relações.
Entre outros aspectos, Wang pediu moderação na questão de Taiwan, pediu ao Canadá que defenda sua independência e elimine interferência externa desnecessária.
De acordo com o comunicado oficial, Joly considerou que os laços estão em um estágio difícil, expressou vontade de “tratar a China com sinceridade e respeito e adotar uma abordagem progressiva para empurrar as relações bilaterais de volta ao caminho certo e construir uma relação bilateral resiliente”.
Reconheceu as conquistas do estado asiático em termos de desenvolvimento e redução da pobreza, saudou suas contribuições na luta global contra a pandemia de Covid-19 e sugeriu cooperar no enfrentamento das mudanças climáticas e da crise sanitária.
Além da agenda binacional, os dois chanceleres abordaram o conflito entre Rússia e Ucrânia, apresentaram as posições de seus governos sobre o assunto e concordaram em manter comunicação sobre o assunto.
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