Para as autoridades iranianas, tudo está adiantado, a decisão está agora no tribunal dos Estados Unidos, afirmou repetidamente o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdolahian, no último mês.

Na opinião do chanceler, os oito ciclos expirados na capital austríaca, de abril de 2021 até o presente, revelam avanços importantes nas negociações, especialmente no que diz respeito ao levantamento das sanções unilaterais impostas por Washington em 2018, após sua retirada do convênio.

Amir Abdolahian elogiou os avanços diplomáticos alcançados até agora, garantiu a persistência de alguns aspectos pendentes de resolução pelos Estados Unidos e reiterou que um bom acordo só poderá ser obtido se Washington adotar uma postura realista.

A agenda política do país continua marcada por duas questões das quatro demandas iranianas, chamadas pelos persas linhas vermelhas, que foram quase resolvidas e as partes chegaram a pontos de acordo.

“Mas dois problemas (não resolvidos) permanecem, incluindo a questão das garantias econômicas” que os Estados Unidos devem dar a Teerã, fontes diplomáticas garantiram recentemente à imprensa local.

Enquanto isso, o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohamad Eslami, lembrou as tentativas de alguns estados de criar um ambiente hostil contra o país persa.

Eslami criticou as tramas do regime israelense para produzir documentos falsos sobre o programa nuclear iraniano e questionar a cooperação entre Teerã e a Agência Internacional de Energia Atômica.

Segundo o alto responsável, o essencial nas conversações é a vontade da República Islâmica, que sempre esteve empenhada em criar confiança e resolver ambiguidades, mas o povo iraniano nunca aceita ou aceita a imposição da força ou discursos falsos.

Referindo-se às negociações de Viena entre o Irã e o grupo 4+1 (Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha), ele disse que seu sucesso depende da vontade dos outros signatários.

Os Estados Unidos estão participando indiretamente das negociações devido à sua retirada abrupta e unilateral do pacto em 2018.

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