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Núcleo das exportações russas dispara apesar das sanções

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Núcleo das exportações russas dispara apesar das sanções

Por Mario Muñoz Lozano

Moscou, 7 Abr (Prensa Latina) O novo pacote de sanções ocidentais contra a Rússia pode ser doloroso para alguns bancos, mas não muda o panorama estratégico, nem afeta hoje o setor energético, núcleo das exportações deste país.

Ontem, os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram novas medidas contra várias instituições financeiras deste país, proibindo investimentos na economia nacional e ampliando o rol de restrições pessoais.

Mas no novo ataque anti-russo, a União Européia (UE) não conseguiu concordar sobre o que mais fazer que prejudica muito Moscou.

A pedra no sapato são os chamados transatlânticos dos 27 para atacar o setor energético russo, um apelo que não é bem recebido por alguns membros cujas economias estão cambaleando sem gás e petróleo do gigante eurasiano.

A mídia ocidental revelou que uma das alternativas analisadas pelos europeus para afetar esse setor chave da economia russa foi a imposição de tarifas alfandegárias proibitivas ao gás, petróleo e carvão desse país.

Sobre esta opção, Sergey Suverov, estrategista de investimentos da Aricapital, disse ao jornal Rossiyskaya Gazeta que a medida provocaria um aumento no preço da gasolina, eletricidade e serviços públicos para os consumidores europeus.

Por sua vez, as empresas russas terão outro incentivo para desviar o fornecimento de energia para o Leste o mais rápido possível, disse ele.

Ainda sobre o assunto, Alexander Dzhióyev, analista da Alfa Capital, considerou que diante do aumento do preço das matérias-primas do Oriente Médio, as novas iniciativas da UE contra a Rússia em termos de petróleo tornam-se “um capricho” cada vez mais caro para os consumidores europeus.

Segundo dados da Comissão Europeia, o bloco comunitário importa 90% do gás que consome e a Rússia fornece mais de 40% desse valor. Além disso, 27% de seus suprimentos de petróleo e 46% de carvão também vêm deste país.

O diretor do programa do Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia, Ivan Timofeyev, disse ao jornal Izvestia que em janeiro passado as novas restrições teriam sido percebidas como um evento gigantesco “mas, infelizmente, agora é uma paisagem familiar”.

Para o especialista russo, esse pacote é desagradável para alguns bancos, mas não muda para pior o cenário estratégico. “Agora, quando há medo de cooperação com a Rússia, muitas transações não são mais executadas, mesmo quando podem ser feitas legalmente.”

Muito antes do início da operação militar russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, a UE já havia anunciado que se afastaria da dependência energética de Moscou, decisão que agora se tornou uma ordem a ser cumprida antes de 2030.

É claro que há pressa para o fazer, mas também que levará anos para o conseguir e neste momento será impossível cortar o cordão umbilical sem atingir gravemente a economia e a população dos países europeus.

Timofeyev disse que, aos poucos, a UE implementará mecanismos de economia de energia e substituição dos volumes atuais por um maior consumo de recursos de fontes renováveis de energia para reduzir em três anos, talvez um pouco mais, a cota energética russa.

jcm/mml/jcfl

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