Uma análise detalhada “Nazis na Ucrânia: vendo através da névoa da guerra de informação” do jornalista irlandês Finian Cunningham revela as ações do fascismo na Ucrânia e a cumplicidade ocidental, especialmente dos Estados Unidos com esses grupos.
Embora a Ucrânia possa parecer uma terra distante para os americanos, na verdade é um centro importante para o movimento fascista global, observou a fonte, afirmando que o apoio transnacional a Azov é muito generoso e a Ucrânia se tornou o centro da extrema direita do mundo inteiro.
Mercenários de todos os continentes foram documentados se juntando às unidades do batalhão Azov em busca de experiência de combate, acrescentou.
A análise especificou que, em uma investigação do início de 2021, a revista Times descobriu que “Azov é muito mais do que uma milícia. Tem seu próprio partido político; duas editoras; acampamentos de verão para crianças; e uma força vigilante conhecida como Milícia Nacional, que patrulha as ruas das cidades ucranianas junto com a polícia.”
“Além disso, acrescentou o Times, tem uma ala militar com pelo menos duas bases de treinamento e um vasto arsenal de armas, de drones e veículos blindados a peças de artilharia… Olena Semenyaka, diretora internacional de Azov, disse a repórteres do Times: poderíamos nos descrever como um pequeno estado dentro de um estado.”
Cunningham em sua avaliação cita Ali H. Soufan, um ex-agente libanês-americano do FBI que esteve envolvido em vários casos antiterroristas, que forneceu elementos sobre as ações de grupos nazistas na Ucrânia.
Segundo Soufan mais de 17 mil combatentes estrangeiros chegaram a Ucrania nos últimos seis anos vindo de 50 países e em 2019, legisladores estadounidenses escreveram uma carta ao Departamento de Estado em que afirmavam que “o vínculo entre Azov e os atos terroristas nos Estados Unidos está claro”.
A análise especificou que as informações do FBI afirmavam que Azov “participou no treinamento e radicalização de organizações supremacistas brancas sediadas nos Estados Unidos”.
Isso, acrescentou, incluiu membros do Movimento Rise Above, que foram acusados de atacar e agredir violentamente contra-manifestantes antifascistas.
Cunningham concluiu que o governo Biden chegou ao poder como um suposto baluarte contra a disseminação do fascismo no país, e agora dá continuidade à política norte-americana de apoio às forças neonazistas em um dos principais centros do fascismo internacional, a Ucrânia.
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