O ensaísta e poeta cubano legou títulos reconhecidos como seu primeiro romance Paradiso (1966), peça essencial dentro da narrativa do século XX, além de La fijeza (1949), Dador (1960), Muerte de Narciso (1937); Rumor Enemy (1941), The American Expression (1957), Oppiano Licario (1977), entre outros.
De fato, sua obra é constantemente revisitada por seu impacto no cenário literário. É o caso do projeto da gravadora espanhola Linkgua dedicado a transformar clássicos literários em obras digitais NFT (non-fungible token), que começou com a edição do romance Paradiso.
No caso do Atlas, publicado pela editora ibérica Nórdica Libros, Lezama junta-se à cartografia de autores sobreviventes do boom latino-americano, cujas peças sobrevivem junto com novas, que constituem vasos comunicantes entre atualidade e tradição, explica a apresentação do texto.
Coordenada por Clara Obligado, a publicação reúne cinquenta perfis de grandes romancistas e poetas icônicos da região, elaborados por dezenas de escritores e especialistas de todo o mundo, juntamente com a obra gráfica do ilustrador argentino Agustín Camotto.
O volume revisa nomes como o inca Garcilaso De la Vega, os argentinos Rodolfo Walsh e Hebe Uhart, os chilenos Roberto Bolaños e Gabriela Mistral, a mexicana Leonora Carrington, a equatoriana Lupe Rumazo, o paraguaio Augusto Roa Bastos, entre outros.
As aproximações à sua vida e obra, convertidas numa espécie de obra coral com narrativa de romance, estiveram a cargo de autores como Leila Guerriero, David Roas, Violeta Rojo, Fernanda Trias, Héctor Abad Faciolince ou Julio Prieto.
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