O ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, afirmou que o governo enfrentará o voto de confiança contra o chefe do gabinete de maneira constitucional, política e democrática, informou a Rádio Paquistão.
No domingo passado, a moção de censura contra o governo de Imran Khan foi rejeitada pelo vice-presidente legislativo Qasim Suri, que argumentou que era contrária à Constituição e citou questões de segurança.
Khan então convocou novas eleições e aconselhou o presidente do país, Arif Alvi, a dissolver a Assembleia.
Os partidos da oposição qualificaram a medida como inconstitucional e recorreram dessa decisão perante o Supremo Tribunal.
O painel de cinco juízes restabeleceu o Parlamento na quinta-feira, ordenou um voto de confiança no primeiro-ministro paquistanês e declarou a ordem de eleição antecipada anulada.
Em seu discurso à nação na noite passada, Imran Khan disse estar desapontado com a ordem da Suprema Corte, mas respeitou a decisão e atacou a oposição por sua trapaça, além de denunciar uma conspiração internacional para derrubar seu governo.
Khan pode ser o primeiro primeiro-ministro do Paquistão removido por um voto de desconfiança, já que dois outros contra os quais tal moção foi convocada renunciaram antes da votação.
A crise política eclodiu quando Khan, fundador do partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (Movimento de Justiça do Paquistão), perdeu sua maioria parlamentar depois que o Movimento Muttahida Qaumi e o Partido Baluchistão Awami deixaram a coalizão governista.
Khan, ex-capitão da seleção nacional de críquete que venceu a Copa do Mundo de 1992, chegou ao poder em 2018.
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