Em declarações à imprensa em Luanda, o ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, confirmou o pronunciamento da cúpula extraordinária da tróica da SADC, que também contou com a presença de representantes dos Estados contribuintes com tropas e das mais altas autoridades do governo moçambicano.
Durante o fórum virtual, as partes concordaram com a necessidade de introduzir avanços qualitativos na missão de apoio, ou seja, a transição de uma intervenção rápida (centrada na questão militar) para um cenário multissetorial, indicou o chefe do Ministério das Relações Exteriores (Mirex).
O comunicado final da Cúpula, divulgado aqui pela Mirex, elogiou o desempenho da missão (Samim) no terreno por seu sacrifício e dedicação no combate a atos terroristas em algumas áreas.
Também aprovou a transição do Samim do cenário 6 (capacidade de implantação rápida) para o cenário 5 (força multidimensional), com “um mandato robusto”, diz o texto, anunciando a implementação de um plano abrangente de reconstrução e desenvolvimento para Cabo Delgado.
A Cúpula agradeceu aos países contribuintes das tropas, à União Africana e aos parceiros de cooperação internacional por seu apoio para estabilizar a situação de segurança na área e para a recuperação e o desenvolvimento socioeconômico.
De acordo com a fonte, a sessão de abertura do evento foi liderada pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que dirige o órgão de cooperação da SADC para as áreas de política, defesa e segurança.
Também estiveram presentes os líderes de Angola, João Lourenço; Namíbia, Hage G. Geingob; República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi; Moçambique, Filipe Nyusi; e Zimbábue, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, assim como o primeiro-ministro do Lesoto, Moeketsi Majoro, entre outros.
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