O chefe do Comitê da Câmara do Knesset (legislativo), Nir Orbach, anunciou que recebeu uma carta de 70 membros do hemiciclo pedindo a expulsão de Odeh, líder da oposição Lista Conjunta, uma aliança de partidos árabes e de esquerda.
A mídia nacional coincide em apontar que tanto a direita no governo quanto na oposição, encabeçada pelo partido ultranacionalista Likud, querem expulsar o deputado por supostamente incitar a desobedecer ordens.
Há poucos dias, Odeh publicou um vídeo em que critica os árabes-israelenses que atuam no aparato de segurança do país, considerando que colaboram com a ocupação da Palestina.
“Os jovens não devem juntar-se às forças de ocupação. Apelo aos jovens que já aderiram (…) Joguem as armas na cara deles e digam-lhes que o nosso lugar não é convosco. Não faremos parte da injustiça e do crime” disse o legislador.
O jornal The Times de Israel destacou que a possibilidade de expulsão do deputado gera maior tensão dentro da coalizão governista sobre a questão de solicitar ou não a cooperação da Lista Conjunta para apoiar o Governo.
A coalizão governista atualmente detém 60 dos 120 assentos no Knesset após a deserção de um parlamentar ultranacionalista que se juntou ao Likud.
Portanto, para aprovar qualquer projeto de lei, o Executivo precisa dos seis votos da Lista Conjunta, que, embora permaneça na oposição, insinuou a possibilidade de apoio crítico ao primeiro-ministro ultranacionalista Naftalí Bennett para impedir o retorno do ex-chefe de governo Benjamin Netanyahu, líder do Likud.
ode/rob/glmv