O deputado da Lista Árabe Unida (Raam) anunciou a Bennett que irá para a oposição se as forças de segurança não interromperem imediatamente a sua operação naquele santuário, o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos, revelou o Canal 7.
A aliança no poder tem atualmente 60 das 120 cadeiras do hemiciclo após a recente deserção da deputada ultranacionalista Idit Silman, que somou seu voto ao partido Likud, liderado pelo ex-chefe de governo Benjamin Netanyahu. Portanto, os quatro assentos de Raam são fundamentais para a permanência no cargo de Bennett, ex-colaborador de Netanyahu, com quem compartilha a mesma ideologia.
O Canal 7 destacou que o também deputado árabe-israelense Ahmad Tibi vai à Mesquita de Aqsa para expressar seu apoio aos palestinos.
Esta manhã, os militares israelenses invadiram o interior do complexo à força, o que provocou a ira dos congregados ali reunidos e que ameaça aumentar a tensão na área.
A agência oficial de notícias Wafa informou que dezenas de soldados entraram no santuário e “atacaram os milhares de fiéis muçulmanos que estavam realizando a oração do amanhecer”.
Durante a operação, os militares usaram balas de borracha, granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
De acordo com várias reportagens da imprensa, os confrontos dentro e ao redor da área causaram ferimentos a mais de uma centena de palestinos, incluindo menores e idosos.
O porta-voz da presidência palestina, Nabil Abu Rudeina, denunciou em comunicado “esta agressão bárbara (…) que equivale a declarar guerra ao nosso povo”.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores e Expatriados considerou que a operação demonstra a estratégia de Tel Aviv de judaizar a parte oriental de Jerusalém, ocupada desde a guerra de 1967.
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