O anúncio foi feito em sua coletiva de imprensa matinal no Palácio Nacional, dedicada principalmente à rejeição, ontem na sessão plenária da Câmara dos Deputados, da reforma elétrica que buscava fortalecer a soberania energética do México.
O presidente relembrou que havia um acordo de incluir o lítio nessa lei da reforma eléctrica, mas, como não havia perspectiva de formar um maioria qualificada – o que aconteceu – e o lítio tinha de ser preservado dos anseios das empresas estrangeiras, decidiu-se fazer a proposta por meio da Lei de Mineração.
Convidou os legisladores a votarem a favor porque para isso não são necessários dois terços, mas apenas uma maioria simples, de que é dispõe a coligação governamental Juntos fazemos história, e pediu-lhes que vejam a possibilidade de votá-la e aprová-la nesta segunda-feira, para que que amanhã esteja garantida a proteção legal deste mineral estratégico.
Se a medida for aprovada, anunciou ele, será estruturada uma empresa semelhante à Comissão Federal de Eletricidade, que cuidará de tudo o que for relacionado ao lítio e que terá o apoio de centros de pesquisa e empresas de outros países.
Ele disse que as grandes empresas que fabricam automóveis e passaram a produzir carros elétricos precisam de lítio e aumentam cada vez mais o preço, porque em 10 anos aumentaram 10 vezes no mercado mundial, e vamos proteger nosso lítio para o usufruto e benefício desta geração e das futuras.
Esclareceu que a nova Lei de Minas dá continuidade aos contratos de concessões para o resto da mineração, exceto lítio, e “não há nada para eles, esse mineral pertence à nação e será administrado diretamente pelo Estado através de uma empresa para explorá-lo . Vamos explorá-lo, extraí-lo, industrializá-lo e vendê-lo”.
Disse que os deputados, traidores do país, nem percebem o mal que fizeram ao votar contra a reforma eléctrica, porque “não conhecem a importância do lítio e a ambição que desperta nas grandes potências”.
Explicou que se tratá um mineral estratégico para o desenvolvimento futuro, que substituirá o petróleo e não será possível modernizar a indústria sem ele, por isso tão cobiçado.
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