O editorial de Al Houri com as denúncias também é dirigida contra o chefe da Missão da Organização das Nações Unidas no Sudão (Unitams), Volker Perthes, a quem ele apontou como um trabalhador da disseminação do terrorismo.
Ele também disse que os países ocidentais atacam o exército sudanês com o objetivo de destruir o país.
As acusações antecedem a tentativa, que ocorrerá nesta semana, da Unitam, da União Africana (UA) e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento de estabelecer um diálogo intra-sudanês para restaurar o governo civil de transição dissolvido em outubro do ano passado pelo golpe.
Esta é a primeira acusação direta contra o Ocidente desde o golpe de 25 de outubro de 2021 liderado pelo general Abdel Fattah al Burhan, presidente do Conselho Soberano de Transição (o órgão máximo até a eventual realização de eleições em 2023).
“Washington tratou o Sudão e as Forças Armadas com uma política que é, no mínimo, imoral, como se fossemos uma colônia americana”, disse al-Houri.
Da mesma forma, ressaltou que o ex-primeiro-ministro Abdallah Hamdok foi um agente a serviço dos britânicos que tentou destruir o Sudão com o apoio do diretor executivo do Programa Alimentar Mundial (PAM), David Beasley, e da Unitams.
Referindo-se às tentativas de perpetuar ações terroristas, especialmente na região de Darfur (norte), o editor-chefe destacou que o Ocidente pretende reproduzir modelos de massacres como os ocorridos na Líbia, Ruanda e República Democrática do Congo.
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