Não há justificativa para manter este serviço interrompido em Cuba e obrigar o aspirante a emigrar a viajar para a Guiana, disse o chefe da diplomacia da ilha em uma mensagem postada no Twitter.
Ele reiterou que o governo dos Estados Unidos deve parar de dificultar e violar os direitos dos cubanos de viajar para terceiros países da região e exige o cumprimento dos acordos migratórios bilaterais em sua totalidade e não seletivamente.
Nesta quinta-feira, ambas as partes realizaram conversas oficiais em Washington D.C, nas quais revisaram o cumprimento dos acordos bilaterais e o compromisso mútuo de garantir uma migração regular, segura e ordenada.
Na reunião, a maior das Antilhas reiterou sua preocupação com as medidas do governo norte-americano que estimulam a migração, impedem que ela seja realizada de forma legal e ordenada e geram as condições socioeconômicas que a incitam com a reforma da estrutura econômica, bloqueio financeiro e comercial a Havana.
De acordo com o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, nos últimos seis meses houve 79.800 prisões de cubanos.
Por sua vez, as autoridades cubanas informaram que até agora este ano, 1.680 cidadãos dos Estados Unidos, México, Bahamas e Ilhas Cayman foram devolvidos à ilha por via marítima e aérea.
Incentivados pela Lei de Ajuste Cubano, a única do gênero no mundo, muitos cidadãos ingressam em rotas migratórias irregulares na América Central, nas quais são expostos à violência, fraudes e corrupção por parte de grupos dedicados ao narcotráfico ou tráfico de pessoas.
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