Fontes do Partido dos Trabalhadores (PT) confirmaram que as transgressões foram cometidas pelo deputado estadual Gilberto Cattani e outras pessoas por meio de um outdoor instalado na cidade de Rondonópolis.
O cartaz foi elaborado com a ajuda do chamado Movimento Conservador de Rondonópolis e a inauguração da imagem contou com a presença de Cattani, além de ser compartilhado nas redes sociais do parlamentar.
A decisão do Ministério Público surgiu após pedido de instauração de inquérito apresentado pelo PT e entregue à Polícia Civil da divisão territorial.
“Observa-se, portanto, que a tabela aqui exposta revela uma possível prática não só do crime de associação, mas também de injúria e difamação pelo deputado estadual Gilberto Cattani e outros”, especifica a decisão do Ministério Público.
O pedido cita a instalação do anúncio promocional às margens da rodovia BR-364, em Rondonópolis, que contém a fotografia do ex-líder operário acompanhada de palavras ofensivas.
O processo argumenta que a honra do ex-presidente está sendo denegrida “em nível nacional” e até internacionalmente.
Os advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, que representam a organização política, acreditam que a determinação de investigar é importante para coibir os abusos cometidos antes mesmo do início da campanha eleitoral, marcada para agosto.
Vamos aguardar a decisão final do Ministério Público, mas entendemos que a instauração do inquérito é uma medida extremamente relevante para apurar os possíveis crimes cometidos contra Lula, argumentaram os juristas.
Na semana passada, o PT entrou com três ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra uma nova campanha de difamação vulgarizada contra o ex-presidente.
São outdoors com conteúdo ofensivo e calunioso que violam diretamente o disposto em dois artigos das resoluções do TSE, em que é vedada a publicidade por meio de banners de propaganda no período pré-campanha e no período eleitoral.
Uma das representações refere-se a três cartazes colocados na cidade de Divinópolis, no estado de Minas Gerais (sudeste).
Anteriormente, o partido apresentou três denúncias contra o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro por incitar o crime de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito” e atrapalhar o processo eleitoral após fazer discursos belicosos durante visita ao estado do Rio Grande do Sul.
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