A agência de notícias Wafa especificou que Abbas expressou essa possibilidade durante uma reunião na noite passada com Yael Lempert, subsecretário de Estado interino para Assuntos do Oriente Médio, e Hady Amr, vice-subsecretário para Assuntos Israelenses e Palestinos.
Na ausência de um horizonte político e a repressão das forças de Tel Aviv, bem como sua recusa em cumprir os acordos assinados, “a liderança palestina terá em breve que implementar as decisões do Conselho Centrall (PCC) da Organização para a Libertação da Palestina”, disse ele.
Durante um conclave em fevereiro passado, o PCC suspendeu os pactos firmados com Israel até que aquele país cesse sua colonização, seus ataques e cumpra seus compromissos.
Em comunicado, a agência explicou então que a medida vigorará enquanto esse governo não reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.
Durante a reunião realizada no dia anterior, Abbas pediu aos Estados Unidos que assumam suas responsabilidades e pressionem seu aliado para acabar com seus crimes.
Ele também exigiu respeito pelo status quo legal e histórico de Jerusalém Oriental, especialmente o Monte do Templo, um local religioso que tanto os judeus (que o chamam de Monte do Templo) quanto os muçulmanos consideram sagrado.
Há oito dias, os policiais israelenses entram diariamente neste complexo para expulsar os palestinos a fim de permitir a entrada de colonos judeus por ocasião do início da Páscoa, feriado que marca o início do êxodo daquele povo.
Em seu discurso no ano passado perante a Assembleia Geral da ONU, Abbas anunciou a possibilidade de cortar os laços com Israel, como exigem várias milícias palestinas.
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