Durante uma coletiva de imprensa no dia anterior, o presidente também disse que Kiev abandonaria o processo de diálogo diplomático se o Kremlin ajudar a criar novas repúblicas autoproclamadas nos territórios ucranianos sob seu controle, por meio de “um referendo, um pseudo-referendo no novo pseudo-repúblicas”.
Nesse sentido, ele expressou sua preocupação com as regiões de Kherson, Zaporozhie e “leste do Estado” que, segundo Moscou, em sua maioria já foram libertadas das tropas de Kiev.
“Acho que isso não seria bom para a solução diplomática desta situação, definitivamente impedirá o fim da guerra pelos canais diplomáticos, definitivamente seria um movimento errado por parte da Rússia”, disse ele.
No encontro com jornalistas numa estação do Metrô desta capital, Zelensky assegurou que, na situação atual, está disposto a acelerar as negociações para conseguir um encontro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Assegurou que desde o início das trocas entre as delegações dos dois países insistiu na necessidade de conversas diretas com o chefe de Estado russo porque considera que qualquer formato de reunião, por mediação, não dará os resultados desejados.
O presidente ucraniano afirmou em 16 de abril que um tratado de paz com Moscou deveria ser dividido em dois documentos, um descrevendo as garantias de segurança para a Ucrânia e outro estabelecendo as diretrizes para as relações entre os dois países.
De acordo com as palavras do ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira, as negociações entre as delegações de seu país e a Ucrânia estão caminhando lentamente.
Em sua opinião, as declarações de altos funcionários de Kiev, incluindo as de Zelensky, dão a impressão de que aceitaram seu destino e que seu país não precisa negociar com Moscou.
Lavrov observou que as consultas entre os dois países pararam depois que Kiev não respondeu a uma proposta de Moscou, com base em iniciativas anteriores apresentadas pelas autoridades ucranianas.
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