Segundo a investigação, as mudanças climáticas causadas pelo ser humano farão com que esses fenômenos meteorológicos cresçam em intensidade e frequência, colocando em risco grandes partes do mundo.
A análise constatou que a frequência dos ciclones mais intensos (categoria 3 ou superior) dobrará globalmente devido às mudanças climáticas, enquanto as tempestades mais fracas e tropicais serão menos comuns na maioria das regiões do planeta.
A exceção será a Baía de Bengala, onde os investigadores constataram uma diminuição da frequência destes eventos intensos, refere o texto.
Salienta ainda que muitos dos locais de maior risco estarão em países de baixa renda.
Também adverte que as nações onde os ciclones tropicais são relativamente raros estarão em maior risco nos próximos anos, incluindo Camboja, Laos, Moçambique e muitas nações insulares do Pacífico, como as Ilhas Salomão e Tonga.
Em geral, a Ásia experimentará o maior aumento no número de pessoas expostas a esses fenômenos, com milhões de pessoas expostas na China, Japão, Coréia do Sul e Vietnã.
Para testar essas projeções, um grupo internacional de cientistas desenvolveu uma nova abordagem que combina dados históricos com modelos climáticos globais para gerar centenas de milhares de “ciclones tropicais sintéticos”.
Ao criar um conjunto de dados muito grande, gerado por computador, desses eventos climáticos com características reais, os pesquisadores conseguiram projetar a ocorrência e o comportamento das mudanças climáticas em todo o mundo nas próximas décadas, mesmo em regiões onde atualmente são dificilmente produzido.
Contra essas previsões, o Dr. Ivan Haigh, professor associado da Universidade de Southampton, na Inglaterra, disse que o novo conjunto de dados de ciclones tropicais ajudará bastante no mapeamento das mudanças no risco de inundação nas regiões mais expostas.
Além de ajudar governos e organizações a avaliar melhor os riscos, apoiando o desenvolvimento de estratégias de mitigação de perigos para minimizar os impactos e a perda de vidas humanas.
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