Em diálogo com a Prensa Latina, Bonilla referiu-se à anulação do regulamento, que impacta positivamente a economia dos mais necessitados, e acrescentou que cerca de 700 mil trabalhadores foram afetados pela lei desde sua implementação em janeiro de 2014.
Referindo-se aos direitos que agora serão devolvidos ao povo, o também membro do Partido Libertad y Refundación (Libre) apontou os chamados benefícios, que, disse, são um acordo importante para o trabalhador, pois permite, por exemplo, abrir um pequeno negócio ou comprar uma casa ou um veículo.
“Eles também terão direito a receber o dobro do salário mínimo nos meses de junho e dezembro, além disso, os trabalhadores poderão receber o abono de férias; enquanto isso, as gestantes poderão optar pelo descanso”, destacou o analista.
Nesse sentido, adiantou que aqueles que eram contratados ao abrigo da lei do trabalho à hora, à data da revogação, mantinham-se como trabalhadores permanentes, pelo que não terão de pensar se serão despedidos dentro de uma semana ou um mês.
O projeto de revogação da lei trabalhista horária foi apresentado ao Congresso Nacional pelo deputado Libre Juan Barahona.
Esta quarta-feira, ao bater da meia-noite e depois de um longo debate, uma comissão especial do Congresso hondurenho decidiu finalmente eliminar os regulamentos.
Segundo dados oficiais, a referida legislação foi implementada durante o governo de Porfirio Lobo (2010-2014) e contou com o apoio de Juan Orlando Hernández, ex-presidente recentemente extraditado para os Estados Unidos por tráfico de drogas e então presidente do Congresso Nacional de Honduras (parlamento unicameral).
Com a justificativa de evitar o aumento do desemprego, do subemprego e da manutenção dos empregos, a lei foi feita por meio do Decreto Legislativo 324-2013.
Estudos divulgados sobre o assunto mostram que, nos últimos 12 anos, desde o lançamento do emprego por hora aqui, o nível de pobreza passou de 53 para 73 por cento.
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