Em declarações publicadas este sábado pela agência noticiosa Xinhua, o alto responsável sublinhou que estes países, liderados pelos Estados Unidos, não pretendem pôr termo às suas sanções contra a Rússia, apesar do impacto que possam ter na economia global.
De acordo com vários organismos internacionais, as medidas punitivas contra esta nação provocaram um aumento global dos preços do petróleo, gás e fertilizantes, o que afetará uma possível escassez de alimentos.
Nesse sentido, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros sublinhou que “como ator responsável no mercado mundial”, o seu país pretende cumprir os seus contratos de exportação de hidrocarbonetos, fertilizantes, alimentos e outros bens de vital importância.
De acordo com o vice-primeiro-ministro russo, Alexandr Nóvak, os preços globais da energia podem atingir recordes se a oferta deste país for restringida.
Washington e Londres declararam nos últimos anos que estão reduzindo sua dependência dos recursos energéticos russos, “mas as estatísticas dizem o contrário”, alertou também o ministro de Recursos Naturais em um artigo para a revista Energy Policy.
A base de dados Castellum.AI apontou que desde meados de fevereiro passado e, sobretudo, após o início da operação militar russa na Ucrânia, no dia 24 daquele mês, foram acionadas mais de 4.350 novas medidas restritivas em relação à Rússia, além de mais de 2.750 que já estavam em vigor.
Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão e os países da União Europeia impuseram novas sanções à Rússia visando setores-chave de comércio, finanças, energia, exportações, aviação e espaço.
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