“O Brasil perdeu ontem um amigo e Cuba perdeu um de seus filhos mais corajosos. O ex-chanceler Ricardo Alarcón morreu, aos 84 anos, de causas naturais, depois de traçar uma das carreiras mais brilhantes dos últimos 60 anos”, indica a nota do fundador do Partido dos Trabalhadores (PT).
Ele conta que “quando criança liderou a resistência estudantil contra a ditadura de Fulgêncio Batista.
A partir de então, com o triunfo da Revolução, foi um dos diplomatas cubanos mais respeitados, servindo duas vezes como embaixador da ilha na ONU e duas vezes como ministro das Relações Exteriores, respeitado até mesmo por seus adversários americanos”.
Lula acrescenta em seu texto que “em seu mandato 1992/1993, Alarcón presidiu a Assembleia Nacional do Poder Popular, equivalente ao Congresso Nacional. Alarcón levará para sempre meu abraço fraterno e a admiração dos amigos que fez no Brasil “, comenta o ex-governante.
O PT também expressa em carta “suas mais profundas condolências à família e amigos de Ricardo Alarcón de Quesada, 84 anos, ex-ministro das Relações Exteriores, presidente do Parlamento cubano e internacionalista cubano, falecido ontem, 1º de maio de 2022”.
Ele o descreve como “um colega com grande capacidade de diálogo e construção política, em defesa do povo cubano e da América Latina”.
Nascido em 21 de maio de 1937, Alarcón foi fundador do Partido Comunista e membro de seu Birô Político até 2013.
Ele desempenhou um papel importante nas ações para a libertação de cinco antiterroristas cubanos (Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando González e René González), que cumpriram penas longas e arbitrárias nos Estados Unidos.
ode/ocs/glmv