Não é o país que é sexista, é a sua classe política com os mesmos ataques agora, declarou ao semanário Le Journal du Dimanche, às vésperas da provável nomeação pelo presidente Emmanuel Macron de uma mulher como substituta de Jean Castex, no início de uma nova administração de cinco anos do chefe de Estado reeleito.
Segundo Cresson, que chefiou o hotel Matignon entre maio de 1991 e abril de 1992, durante seu mandato sob a presidência do socialista François Mitterrand, lhe foram atribuídos comentários que nunca fez, a criticaram constantemente e até falaram sobre suas roupas.
Com a renovação do governo marcada para amanhã, circulam na mídia os nomes de várias mulheres como a possível sucessora de Castex, sendo a atual ministra do Trabalho, Élisabeth Borne, a principal favorita.
Para a ex primeira ministra, tanto debate sobre a possível nomeação de outra mulher para o cargo já é escandaloso por si só, especialmente depois que as mulheres de outros países europeus tiveram altas responsabilidades por muito tempo.
Nesse caso, ele mencionou a britânica Margaret Thatcher, primeira-ministra entre 1979 e 1990, e a alemã Angela Merkel, chanceler por mais de 15 anos.
Cresson desejou sucesso a uma eventual primeira ministra da França.
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