Jean Charles, que preside o partido Pitit Dessalines com grande influência no norte do país, defendeu a necessidade de promover uma cultura de diálogo, algo semelhante ao que aconteceu em Ruanda após o genocídio de 1994.
Nesse sentido, já se reuniu com Edgard Leblanc, da estrutura Organização do Povo em Luta, Line Balthazar, do Partido Haitiano Tet Kalé e Jean Gué, da plataforma Konba, e a Rede Nacional Camponesa Haitiana, como parte do a “peregrinação de perdão e reconciliação”.
Jean Charles também espera conhecer Jean Bertrand Aristide, fundador do partido Lavalas e um de seus rivais históricos, a quem recentemente se desculpou.
O Haiti vive uma grave crise política, econômica e social nas últimas décadas, que se agravou em particular com o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho passado, que reforçou o vácuo institucional.
Apesar dos apelos ao diálogo de muitos atores sociais, as principais forças políticas ainda não chegaram a um consenso nacional para romper o impasse e permitir-lhes enfrentar problemas cruciais como a insegurança e a legitimidade dos líderes.
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